1. |
Se A Carapuça Servir
04:26
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• Letra:
Olha o céu azul, mas se eu não correr
Não vou conseguir tempo pra dormir
Tenho que estudar, depois trabalhar
É a correria pra burlar meu fim
Não quero seu lixo, nem a sua pena
Mas preciso disso e também daquilo
Eu não to roubando, nem justificando
Mas na correria não temos comício
A gente luta o dia inteiro nesse ofício
De ser preto e pobre e só usar escudo
Quero a minha espada, não sou vagabundo
Apesar da dama, eu não tenho grana
Pra ficar bancando aniversário gringo
Nunca fui pra Europa, eu não quero ir
Só queria um vinho pra poder dormir
Vem aqui embaixo pra poder olhar
Esse povo não tem tempo pra pensar
Vai dizer que é tudo filho do diabo
Amaldiçoado por não ter cajado
O mar não se abriu e o rico tá calado
se achando o rei da #### que o pariu
Vou rachar o bico de dizer pra eles
Que essa grana escorre morta em nosso rio
Sou só mais um servo em busca de justiça
Só não sirvo pra morrer pela milícia
Não quero sua pena, eu já tenho escudo
E minha espada mostra bem nosso futuro
Se você lê Bíblia, sabe do que eu falo
Então não adianta se fazer de surdo
Só queria um vinho pra ficar mudo
A minha poesia já é infinita
Eu vivo a minha rima como fosse sina
E desistiria se não fosse a fé
Mas não pagaria o preço do café
O mundo quer dormir quando der sono
E trabalhar para comer
Ninguém aqui é preguiçoso
E precisamos do esforço e do prazer de viver
Eu to na sua lista de mais procurado
Pois escrevo aqui sobre o seu trabalho
Pra nos destruir no proletariado
E olha que eu sou burro e muito ignorado
O meu celular já tá socado
É tanta música e nenhum trocado
E eu não vou lutar, pois já venci
Cadê meu vinho, eu vou me divertir
Vão jogar pimenta na minha ferida
E fazer de conta que a culpa é minha
Mas eu reconheço o poder da justiça
E se ela é divina, pode apedrejar
Sei o resultado de todos meus atos
Deus não esconde nada e eu também não
Mas eu reconheço o quanto dependo
De um Deus perfeito em todo seu amor
O mundo tá pedindo por revelação
Os mistérios criam falsa solução
É de leste a oeste na nossa política
É de norte a sul da sua igreja mística
É no mundo todo nessa fé mestiça
É o fim do mundo enchendo linguiça
E eu querendo um vinho pra esquecer da vida
E aos apaixonados pelo próprio carro
E os que bebem muito e vivem enlatados
E os eternos traidores do passado
Que não sabem o da da independência
Essa grana toda vai queimar na seca
E a gente vai fritando juntos nessa grelha
Enquanto cê defende um velho já demente
O outro lado grita pela cor mais quente
Como se o vermelho fosse cor de sangue
Essa guerra é sua, não me joga junto
Eu quero a paz divina e os seus absurdos
Mas eu não aguento mais o seu sussurro
Eu quero ouvir um urro dos mendigos
Filosofia barata e sem cristal
O mundo todo bebe vinho e bebe mal
Falta mais um verso e outro refrão
Mas o tempo é pouco e nada é em vão
Tudo aqui destrói em tempo de recorde
E pra reconstruir, mais fácil desistir
É o que todo mundo vem fazendo
O cego já tá vendo
Que o ouro que cê compra é um veneno
E pra vender dinheiro a gente arruma tempo
E pra vender o corpo a clientela é um segredo
Mas todo mundo sabe que cê vai no puteiro
E gosta de influenciar seu filho a ser bêbado
Brindando mais um assassino preso
Eu já não aguento mais ouvir o choro dos recreios
Romeu e Julieta é o bom segredo
O vilão é a vontade no fundo do peito
Violão que canta sem gaguejo
Porque eu não aguento a ansiedade
De tomar aquele vinho seco
Veja só amigo, ninguém quero morrer
Nem ficar doente, nem saber perder
Mas é bom saber o preço que se paga
Pra não colocar sua segurança em pauta
Se seus sentimentos foram sua espada
Ela não cortava e nunca vai durar
Se confias na expectativa rasas
Não vai alcançar o céu que é de graça
E esse encontro do seu ponto morto com a cruz vazia
É o prelúdio da esperança que é cria de Deus
A fé é um presente sem matéria
E Deus é esse pai que nunca erra
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2. |
Gênese Mamagoto
01:12
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• Letra:
Porque eu só quero diversão por um segundo
Nessa cama elástica, eu pulo e quebro a teologia de massa
A terra não é plana e Bolsonaro não é crente
Jesus não era um justiceiro e essa nova não é fake
Porque eu só quero diversão por um segundo
Apitos e tambores que previnem seu futuro franco
Chega de hipocrisia, aqui é preto no branco, aham
O terror das drogas é o mesmo da cachaça do homem branco?
Porque eu só quero diversão por um segundo
Pastor que faz piada é uma piada
Mas reverendo que ganha dinheiro de político... nada?
Os relativos se desgraçam com a verdadeira graça, eu acho graça
Porque eu só quero diversão por um segundo
O mundo nunca foi o mesmo e o eixo da vida
É divino, é tudo, é um gole no elixir
É a obra completa, é um mar aberto que se fecha pras trevas
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3. |
Bikerman
02:04
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• Letra:
Minhas pernas gritavam de dor
Corriam atordoadas em um campo minado com flor
O suor ou a lágrima, o que mais me chovia era olhar para trás e Continuar com medo
Medo do futuro, medo do escuro, apesar de...
Estar sempre no escuro, nulo, mudo e surdo
E os absurdos do mundo me sujam de oléo e de musgo
O vento batia na cara
E me fazia chorar
Lágrimas sem sentido, eu diria
O vento me avoava
Para muito longe daqui
Longe demais, eu diria, mas...
M de mas, m de magia negra, m de minha dor
M de um monstro destruidor em minha cabeça
M de estar sozinho a mesa
Ao sentar a mesa sozinho com um monstro em minha cabeça
M de matar ou morrer
M de mistério ao pensar que todo pensar é inútil se eu pensar no fim
M no fim e m no começo
M de magia branca tão destruidora
Quanto a perda de um m no verbo mandar
M de miséria ao percorrer um mundo
Em minha cabeça sem saber nadar ou voar
E não saber ajudar ninguém
Como Metá Metá eu vou virar mendigo
E como Kiko Dinucci solar na desgraça desse mundo inútil
Mas manter-se vivo
M de manter-se no caminho para casa, mesmo se achando perdido
M de manter-se vivo
Mas minhas pernas gritavam de dor
Minhas pernas gritavam de dor
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4. |
Nebulinas
01:00
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• Letra:
Saí vitorioso do silencio
Tinta nas mãos e no cabelo
Segundo o tiozinho do apelo
Hoje chego no céu mais cedo
Saí vitorioso, mas tremendo
Corte nas mãos e sem sombreiro
Primeiro, segundo e terceiro
Ninguém convence o chaveiro
Nebulinas
Do outono ao inverno
Só ganhei mais rimas
Vivendo o inferno
A gente perde a linha
Meu sonho de parque
É diversão na onda divina
o olho que me cerca
me cega em cada esquina
eu fujo pras colinas
Esqueço do inferno
Do inverno e da neblina
a caminhada é tonta
filtrando o equilíbrio
a palavra de Deus
é minha morfina
Saí vitorioso do silencio
Tinta nas mãos e no cabelo
Segundo o tiozinho do apelo
Hoje chego no céu mais cedo
Saí vitorioso, mas tremendo
Corte nas mãos e sem sombreiro
Primeiro, segundo e terceiro
Ninguém convence o chaveiro
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5. |
Cada Grão de Sal
04:28
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• Letra:
Um azul transparente
Caiu de seus olhos
Tempo para perguntar
O que te faz bem
Tempos difíceis
No mundo físico
O corpo torce todo
Enclausurando tudo
Sem objetivos
Sem sabores ocultos
1, 2
Um caminhoneiro crente
Fechou os seus olhos
Um acidente óbvio
E os góticos filmaram
Filmes difíceis
Não tem heróis
O mundo todo peca
Absorvendo o meca
Velhos religiosos
Nasceram sem sabor
3, 4
A gente sente cada grão de sal
A língua é quente, me arde, vou vomitar
Rosto de santo é tudo igual, brancos
Filhos do medo de seus pais, papas
Não poderiam perder o controle
Nem o seu olho perder sua farpa
Tira a trave da cara
Arranca a sola do tênis
Quero ver correr no asfalto
Descalço pelos seus altos e baixos
Você não tem alma
Te falta coragem, burro
Você não lutaria
No fundo do poço
O urro no monstro
É pra assustar os fracos
E os gastos, os atos, os passos
Os laços, é claro, destroçados
E da malemolência que verte
A essência do nosso sistema
Mano, você não tem valores?
A gente sente cada grão de sal
A língua é quente, me arde, vou vomitar
O messias das chagas
Alexandre, o grande, das sinas
Regalias são menores que pragas
Dissolvendo toda alegria
A gente anda bem ferrado
Segregando cores
Magia branca e preta
Tiro no pé e internet lenta
Matamos nossas crianças
Com chocolate de noite
Muito salada de dia
Falta de amor os vicia
Muito mais que video game
Fé de mentira
Sacramentos drásticos
E um geme geme toda noite
Ela só quer sentir prazer
Ele só quer, morrer de prazer
Mas o que ninguém quer?
Pagar o preço de ceder pro filho
Aqui nós é gênio antigo
E o único pedido
É não saber quando que vai morrer
A gente vende cada ação do mal
A língua mente, um infarte, vou me acabar
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6. |
Piano Austrugezilo
05:00
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• Letra:
O monge dos bacanas não controla seu terceiro...
Olho, o domínio do ódio mistifica a cor dos olhos
E os poros dilatados animados pela fama
Dos deuses do Egito que disputam nossa lama
E eu que sempre quis criar um livro sobre o Hércules
Mas a politicagem de escrever é vadiagem de saber
Sobre um deus que não existe, o mito resiste
Progressista, o criador do mito é o próprio Deus
Ou a realidade não se adéqua ao seu querer?
E o sacrifício de quem pode tudo fazer
Fazer o que, o simbolismo é necessário para crer
Não se iluda, a fé ainda é nosso guia
E o espírito encaminha a mensagem para cima
Momentos de oratória propostos ao mundo
Nossa luta é para não morrer no luxo
A última live da terra será no apocalipse
E os motivos dessa guerra: um eclipse
As trevas parecem que vão reinar
Mas deixa eu te avisar
Abandona a euforia, não existe suicida
Se a morte antecipar quem ressuscita
Sorria, o homem mal não participa da capitania
Navegue tranquila
Vida, o nascimento de um salvador
Cria atmosferas contra o malfeitor
Vide, a luz que faz emanar o amor
Crio um escudo que afasta toda dor
Vícios perdidos, farmácias fechadas
Obras completas, flores plantadas
Ruas de mulheres bem-aventuradas
E homens que aprenderam a doar-se sem fachadas
O lótus como símbolo é o vinho com síndrome
Gastar dinheiro é uma síncope macabra
E na Matrix os nóia se acaba
E o movimento pela liberdade é uma farsa
Já dizia Austrugezilo, ao tocar, cantava
Meu piano traz o som da morte leve como água
Pareço-me apaixonado pelo voo da águia
Mas era o urubu que carregava...
...Meu corpo em pedaços pelo rio da madrugada
Mas do que vale o corpo se eu perdesse a minha alma?
E do que vale o mundo, se no fim não ganho nada?
E como a gente entende o que ganhar sem egoísmo?
E como mundo inteiro ama o capitalismo
Os servos do altíssimo não sofrem desse mimo
É no minimalismo que o povo tem pressa
Mas a pressa é inimiga das remessas
Visionário, protestante
Milagreiro, com ávido semblante
Baixo em sódio, colesterol zero
Saúde eterna e um gueto sem segredos
Água de coco todo dia, trabalho, é claro
O céu é como o éden, sem fardo
Só a glória da vitória das batalhas que não vi
Mas vivi pra contar, segue aí
Nossos dons são super poderes foscos
E o que brilha é nosso glorioso rei
Com uma espada de fogo e seus olhos em lágrimas
Sabedoria que defende e ataca
O início sem fim de tudo e todos nós
O messias do amor, regulador do caos
Com o controle do cosmo em suas mãos
Me perdoa com penetrabilidade em sua voz
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7. |
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• Letra:
Olha o céu azul, mas se eu não correr
Não vou conseguir tempo pra dormir
Tenho que estudar, depois trabalhar
É a correria pra burlar meu fim
Não quero seu lixo, nem a sua pena
Mas preciso disso e também daquilo
Eu não to roubando, nem justificando
Mas na correria não temos comício
A gente luta o dia inteiro nesse ofício
De ser preto e pobre e só usar escudo
Quero a minha espada, não sou vagabundo
Apesar da dama, eu não tenho grana
Pra ficar bancando aniversário gringo
Nunca fui pra Europa, eu não quero ir
Só queria um vinho pra poder dormir
Vem aqui embaixo pra poder olhar
Esse povo não tem tempo pra pensar
Vai dizer que é tudo filho do diabo
Amaldiçoado por não ter cajado
O mar não se abriu e o rico tá calado
se achando o rei da #### que o pariu
Vou rachar o bico de dizer pra eles
Que essa grana escorre morta em nosso rio
Sou só mais um servo em busca de justiça
Só não sirvo pra morrer pela milícia
Não quero sua pena, eu já tenho escudo
E minha espada mostra bem nosso futuro
Se você lê Bíblia, sabe do que eu falo
Então não adianta se fazer de surdo
Só queria um vinho pra ficar mudo
A minha poesia já é infinita
Eu vivo a minha rima como fosse sina
E desistiria se não fosse a fé
Mas não pagaria o preço do café
O mundo quer dormir quando der sono
E trabalhar para comer
Ninguém aqui é preguiçoso
E precisamos do esforço e do prazer de viver
Eu to na sua lista de mais procurado
Pois escrevo aqui sobre o seu trabalho
Pra nos destruir no proletariado
E olha que eu sou burro e muito ignorado
O meu celular já tá socado
É tanta música e nenhum trocado
E eu não vou lutar, pois já venci
Cadê meu vinho, eu vou me divertir
Vão jogar pimenta na minha ferida
E fazer de conta que a culpa é minha
Mas eu reconheço o poder da justiça
E se ela é divina, pode apedrejar
Sei o resultado de todos meus atos
Deus não esconde nada e eu também não
Mas eu reconheço o quanto dependo
De um Deus perfeito em todo seu amor
O mundo tá pedindo por revelação
Os mistérios criam falsa solução
É de leste a oeste na nossa política
É de norte a sul da sua igreja mística
É no mundo todo nessa fé mestiça
É o fim do mundo enchendo linguiça
E eu querendo um vinho pra esquecer da vida
E aos apaixonados pelo próprio carro
E os que bebem muito e vivem enlatados
E os eternos traidores do passado
Que não sabem o da da independência
Essa grana toda vai queimar na seca
E a gente vai fritando juntos nessa grelha
Enquanto cê defende um velho já demente
O outro lado grita pela cor mais quente
Como se o vermelho fosse cor de sangue
Essa guerra é sua, não me joga junto
Eu quero a paz divina e os seus absurdos
Mas eu não aguento mais o seu sussurro
Eu quero ouvir um urro dos mendigos
Filosofia barata e sem cristal
O mundo todo bebe vinho e bebe mal
Falta mais um verso e outro refrão
Mas o tempo é pouco e nada é em vão
Tudo aqui destrói em tempo de recorde
E pra reconstruir, mais fácil desistir
É o que todo mundo vem fazendo
O cego já tá vendo
Que o ouro que cê compra é um veneno
E pra vender dinheiro a gente arruma tempo
E pra vender o corpo a clientela é um segredo
Mas todo mundo sabe que cê vai no puteiro
E gosta de influenciar seu filho a ser bêbado
Brindando mais um assassino preso
Eu já não aguento mais ouvir o choro dos recreios
Romeu e Julieta é o bom segredo
O vilão é a vontade no fundo do peito
Violão que canta sem gaguejo
Porque eu não aguento a ansiedade
De tomar aquele vinho seco
Veja só amigo, ninguém quero morrer
Nem ficar doente, nem saber perder
Mas é bom saber o preço que se paga
Pra não colocar sua segurança em pauta
Se seus sentimentos foram sua espada
Ela não cortava e nunca vai durar
Se confias na expectativa rasas
Não vai alcançar o céu que é de graça
E esse encontro do seu ponto morto com a cruz vazia
É o prelúdio da esperança que é cria de Deus
A fé é um presente sem matéria
E Deus é esse pai que nunca erra
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