O monge dos bacanas não controla seu terceiro...
Olho, o domínio do ódio mistifica a cor dos olhos
E os poros dilatados animados pela fama
Dos deuses do Egito que disputam nossa lama
E eu que sempre quis criar um livro sobre o Hércules
Mas a politicagem de escrever é vadiagem de saber
Sobre um deus que não existe, o mito resiste
Progressista, o criador do mito é o próprio Deus
Ou a realidade não se adéqua ao seu querer?
E o sacrifício de quem pode tudo fazer
Fazer o que, o simbolismo é necessário para crer
Não se iluda, a fé ainda é nosso guia
E o espírito encaminha a mensagem para cima
Momentos de oratória propostos ao mundo
Nossa luta é para não morrer no luxo
A última live da terra será no apocalipse
E os motivos dessa guerra: um eclipse
As trevas parecem que vão reinar
Mas deixa eu te avisar
Abandona a euforia, não existe suicida
Se a morte antecipar quem ressuscita
Sorria, o homem mal não participa da capitania
Navegue tranquila
Vida, o nascimento de um salvador
Cria atmosferas contra o malfeitor
Vide, a luz que faz emanar o amor
Crio um escudo que afasta toda dor
Vícios perdidos, farmácias fechadas
Obras completas, flores plantadas
Ruas de mulheres bem-aventuradas
E homens que aprenderam a doar-se sem fachadas
O lótus como símbolo é o vinho com síndrome
Gastar dinheiro é uma síncope macabra
E na Matrix os nóia se acaba
E o movimento pela liberdade é uma farsa
Já dizia Austrugezilo, ao tocar, cantava
Meu piano traz o som da morte leve como água
Pareço-me apaixonado pelo voo da águia
Mas era o urubu que carregava...
...Meu corpo em pedaços pelo rio da madrugada
Mas do que vale o corpo se eu perdesse a minha alma?
E do que vale o mundo, se no fim não ganho nada?
E como a gente entende o que ganhar sem egoísmo?
E como mundo inteiro ama o capitalismo
Os servos do altíssimo não sofrem desse mimo
É no minimalismo que o povo tem pressa
Mas a pressa é inimiga das remessas
Visionário, protestante
Milagreiro, com ávido semblante
Baixo em sódio, colesterol zero
Saúde eterna e um gueto sem segredos
Água de coco todo dia, trabalho, é claro
O céu é como o éden, sem fardo
Só a glória da vitória das batalhas que não vi
Mas vivi pra contar, segue aí
Nossos dons são super poderes foscos
E o que brilha é nosso glorioso rei
Com uma espada de fogo e seus olhos em lágrimas
Sabedoria que defende e ataca
O início sem fim de tudo e todos nós
O messias do amor, regulador do caos
Com o controle do cosmo em suas mãos
Me perdoa com penetrabilidade em sua voz